Don't you know, you fool
you never can win, ele canta
- Estou farta de insights, ela diz
e de epifanias
e de clarão momentaneamente aceso
para imediatamente se esvair
restando somente aquela sensação escura somada a de que logo agora pouco se pôde enxergar tudo
Viento, que viene de la montaña, ela canta
em dias que essa claridade vem rasgante, feito raio que ruge
A Luz vai ganhando um ar de temor ao de amor
engraçado, assim como lhe diziam seus pais
mas foi necessário que seus olhos testemunhassem, ofuscados, a essa vertigem enlouquecedora
(experimente olhar nos olhos das estrelas em noite de Lua nova, entenderá sobre essa vertigem)
Acontece que quando tenta amarrar suas idéias clareadas em salvas
se engana
para si mesma
sem saber como e nem por quê, mas sabe quando
É quando, ao invés de pausas,
preenche o silêncio
o satura
o esgota
com falas que eclipsam sua chegada mais perto (demais) daquele seu
infamiliar (o claro e o escuro)
No exato instante de Luz
é arrebatada de saudades de toda vez que ela esteve aqui
e ainda mais saudades desta, de agora, que rapidamente se apagará
É cíclico seu destino
(assim como o é nossa esperança de crísticos retornos - promessas eternas depositadas à prazo)
A Luz chega fálica, príncipe da salvação, chega como há de ser: irradiante
e como há de ser, ofuscante
rasga a demorada escuridão com um espetacular e soberbo vislumbre
Enquanto isso boceja, já cansada desse showzinho,
a Escuridão
que ali tudo habita, habita no sempre e no tudo
sabendo que essa filha vez por outra aparecerá ali
veloz
fugaz
sopro divino
alimentando, onde toca na Terra,
uma fogueirinha
Penumbra de Fé
singela
meio magrela e também meio firme
bem ela
Termina com eles cantando, you have proved to be a real human being, and a real hero
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