terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

debaixo da mesa

vontade de cantar "naquela mesa" fingindo ser o filho.
de cantar, saudando os animados e os inanimados que tenham, um dia, testemunhado aquêle amor persistente.
mas não saudadando uma saudade que se sonha.


meu avô morreu num acidente de carro.
meu pai, ainda criança.
no mesmo dia, meu pai se suicidou.

bem antes de ter carrinho de rolimã,
barba,
de se casar
e de ser pai.


Deus deve perdoar criança que suicida.
perdoe! talvez, na época, o verbo nem fosse tão reflexivo...


"e hoje ninguém mais fala no seu bandolim
na-na-na-na-na-na-na
e a saudade dele, tá doendo em mim"