Se chamam de louco
Quem em sua caminhada vive tropeçando em amor
E se loucura for crime
Podem me prender
Se chamam de bruxa
Quem dança para o fogo e para a Lua
E, ironicamente, se seu destino for a fogueira
Podem juntar lenha
Se chamam de pecador
Quem honra a absolutamente tudo o que vive, tudo o que não vive, tudo que se escuta e o que não se escuta
Absolutamente todo o gerado pelo Um
E se o pecado for uma desonra imperdoável
Quem desse universo abundante não perdoaria?
Se for julgado
Quem colhe da fumaça sopro às sete direções
Quem mobiliza do rio energia
Quem sangra na terra
Faz cantando
Faz vibrando
Uivando
Entoando
Quem recebe Deus
Está Deus
É em Deus
E é Deus
(...)
Condenem-me
Estou liberto
2 comentários:
O INOMINÁVEL
Quando se começa a ver, um sol nasce e outro morre
Há a descoberta e a perda, e é preciso lidar
Ninguém vê o que não via, se não podia ver
Mas ninguém vê o que via, se já não o reconhece
E assim costuma Ser
A vida foi escrita no código
Da simetria, das espirais, do mantra, da conta, da voz
Você não vê o léxico, mas reconhece o sentido
Porque ele está em você
Compondo o seu nome e a sua nomeação
Começar a ver é, talvez, intuir
Que a posição da letra O e o tom da letra A
São o que são
Como palavras, como formas, como som
E que há sempre um elo
Entre as possibilidades
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Devo ser um dos poucos que ainda lê blogs poéticos. E você deve ser uma das poucas que ainda publica. Que bom!
Gostaria de te conhecer pessoalmente algum dia, Layla. São tantos assuntos em comum.
Quem sabe não nos encontramos por aí, em alguma parte desta trajetória.
Um beijo.
Que poema fantástico! Pena que não encontrei x autorx e suponho que seja você!
Visita muito bem recebida
Esse espaço é um jardim que acredito que tenha vida própria
E toda a poesia e toda borboleta são bem vindas!
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