me servi do teu banquete sem fome, sem gula.
claro, me apeteciam algumas frutas suculentas,
alguns pães frescos,
caprichos que eu nem sabia o nome.
fui me servindo à medida que te servias,
sem tantas assincronias.
Não quis te devorar
Não quis ser devorada
a decepção cala o prazer no instante em que me sirvo, sedenta,
de um caju reluzente, colorido, hígido
precipita em minha boca seu sabor,
cria-se em minha mente não uma eternidade de cajus,
somente esse caju,
essa rodela que pretendi destacar.
mas a faca não serra
é de plástico o fruto
quem faz isso?
engana com plástico em meio a sabores verdadeiros?
pois cruzei paralelos os talheres sobre o prato
perdi o apetite
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