Na mesma porta
a todo distraído momento, espio através da fechadura
evitar de, lá na frente, duvidar da memória
julgar que fosse fantasia
já que não havia testemunhas
A humanidade ora dormia ora inexistia
Pela mesma porta adentro escorregam meus pés
Sugados pelo aroma
Contradigo-me
Armazeno vestígios em rolos de filmes
a fim de poder projeta-los no palco dos olhos fechados
enquanto o necessário era interditar a porta e tapar-lhe a fechadura com cimento
Matar sufocada a vida da humanidade que reside la dentro
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