Ia para alguma balada do centro de metrô, sozinha, em sonho.
Chegando perto, caminhando, algo me fez olhar pra trás.
Vi um cara de branco, que andava ligeiro. Comecei a correr.
Ele me catou pelo braço e disse: Meu amigo gostou de você.
Foi me arrastando com muita força.
Eu olhava para algumas pessoas na calçada e gritava por socorro, lembro do rosto de um simples rapaz que me olhou fundo nos olhos e disse: precisa de ajuda?
Eu só respondi com os olhos que sim.
Assim que passamos em frente a um boteco esse rapaz trouxe mais pessoas e, juntos, desmontaram o homem que segurava meu braço.
A sensação foi das piores do mundo.
Acordei introjetada, dolorida por ter que sofrer isso mesmo em um sonho.
Quando revistaram o cara ele estava com uma faca no bolso e disse: Magina, uso isso pra cortar a unha.
Encontrei um grupo de pessoas da Santa Casa e quis ficar com eles até perder o medo de voltar pra casa.
Mas meu mundo já era diferente. Eu já tinha sido violentada. Pedi um lanche e não comi.
Voltei pra casa, receosa em contar o ocorrido a meus pais, com medo de me boicotarem saias, metrôs e baladas.
Foi pior que isso. Quando contei fui vista como um fantasma. Sobrou de mim somente minha alma, ela nem tinha brilho ou era enxergável.
Ninguém ligou para nada, a não ser o rapaz da calçada.
Chegando perto, caminhando, algo me fez olhar pra trás.
Vi um cara de branco, que andava ligeiro. Comecei a correr.
Ele me catou pelo braço e disse: Meu amigo gostou de você.
Foi me arrastando com muita força.
Eu olhava para algumas pessoas na calçada e gritava por socorro, lembro do rosto de um simples rapaz que me olhou fundo nos olhos e disse: precisa de ajuda?
Eu só respondi com os olhos que sim.
Assim que passamos em frente a um boteco esse rapaz trouxe mais pessoas e, juntos, desmontaram o homem que segurava meu braço.
A sensação foi das piores do mundo.
Acordei introjetada, dolorida por ter que sofrer isso mesmo em um sonho.
Quando revistaram o cara ele estava com uma faca no bolso e disse: Magina, uso isso pra cortar a unha.
Encontrei um grupo de pessoas da Santa Casa e quis ficar com eles até perder o medo de voltar pra casa.
Mas meu mundo já era diferente. Eu já tinha sido violentada. Pedi um lanche e não comi.
Voltei pra casa, receosa em contar o ocorrido a meus pais, com medo de me boicotarem saias, metrôs e baladas.
Foi pior que isso. Quando contei fui vista como um fantasma. Sobrou de mim somente minha alma, ela nem tinha brilho ou era enxergável.
Ninguém ligou para nada, a não ser o rapaz da calçada.
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