sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Pi Ri Rili Pruuum Pa bum Pa

Parei pra refletir onde foi que a palavra "conexão" perdeu sua brilhante importância. 
Tá todo mundo conectado, conectando...com o que? 
Em qual dimensão?
Quem se lembra de como é que fazíamos pra conectar, antes do barulhinho da internet discada? 
Do valor de um aperto de mão, de uma conversa em que se olha, de escutar uma conversa que parece desinteressante, de se esforçar pra entender um chinês falando inglês há menos de um mês?
Acredito que todos sabem do que estou falando, talvez só tenha ficado latente esse poder de nos conectarmos. 
Sou otimista, 
tudo o que é latente pode germinar!

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Ontem foi um dia complicado.
Que a vida é como ondas que vão, vêm, ressacam, acalmam, tsunamam, dá pra entender.
Mas a real é que, por mais que eu lembre "ontem foi maravilhoso", não basta eu tentar lembrar como estava meu espirito e minha paz, e tentar reproduzi-lo. Ontem foi ontem, hoje é hoje.
Precisa de algo mais do que memória, algo que desloque. Que acorde a energia e que iniba a tristeza, ...
a revolta, a polêmica que atingiu nossos ouvidos.

Meus recursos geralmente se resumem a: rezar (que, na real acho mais fácil pra agradecer, enquanto feliz, do que pra choramingar e reclamar das injustiças), escutar uma boa música (que as vezes confundo na escolha de ser mais agitada ou mais melancólica, e posso acabar acentuando a confusão), me exercitar (suar, pensar no equilíbrio, liberar endorfina...sempre delicioso, mas à meia-noite de ontem não dava), meditar (esvaziar a mente, concentrar no corpo e na respiração). Tentei alguns minutos de cada, mas meus pensamentos não iam embora.


Aprender sobre a origem da vida, sobre a geometria perfeita, sobre quão simples pode ser mudar a chave do nosso humor, me transborda uma energia pra querer MUITO sobreviver, ser feliz, ser saudável, ser maravilhosa, ser linda, ser mais, ser HOJE, ser sempre, ser pra mim, ser para os outros, ser espírito, ser una, ser todos.
Ser Ser, Amor. E dividir.
 
 
Estou perdidamente apaixonada:
 
21.02.14
Programa digno de uma cheia Lua do Valentino.
Esse Valentino não tenho muita certeza de quem seja, mas depois de ele comprar estoques de neve que caíssem sobre minha janela, cancelar minha viagem do feriado, carinhosamente deixou na minha carteira um ingresso de cinema e um vale-salaaaaada. Assinou embaixo dizendo "Have fun". Depois de entrar no cinema, assistir a um excelente filme em preto e branco chamado Nebraska, fui comer uma salada mexicana, num lugar maneiro que dá vontade de dançar e mastigar ritmicamente.
E não foi no filme, tampouco sobre o luar. Foi no Starbucks que me veio a vã filosofia: "Dois dedinhos de pinga estão para Caramel Macchiato, assim como nossos botecos estão para Starbucks."
Há cinco minutos sentada, esperando o busão 42, em volta de mim há pelo menos cinco (juro) diagnósticos mentais diferentes.

Enquanto começo a tomar nota, eis que começa a tocar "eeeexte samba que é misto de maracatu, é samba de preto velho samba de pretu tu", eu dou uma risada, controlo pra que não seja muito alta, vai que alguém tomando a mesma nota escreve "seis diagnósticos diferentes". Meu Chai fica ainda mais sonoro quando o cara que antes sorria ininterruptamente começa a falar sozinho, claro que educado como os americanos, auto-conversa baixinho.
Então ele diz:
-Banana!

E todas as moças do caixa repetem a palavra e começam a fazer barulho de selva, puta que pariu!!! Que foi que eu comi naquele mexicano? De repente entrei num filme do Buñuel e to fazendo parte do script.

Por fim, moça solitária que observava de bastante perto a chinesa jogando game boy, então, se despede enquanto eu inicio uma conversa com o jovem negro ao meu lado, nascido na África, morado na Arábia Saudita (conversou em árabe como um nativo) e na Índia (onde aprendeu inglês, como um nativo) e que agora estuda Políticas Sociais e Econômicas e espera os amigos atrasados pra balada.
Alguém pode me preparar um Macchiato com dois dedinhos de anti-cogumelo?
Valentino escutou meu pedido, chegando na Gerry House a banheira estava cheia, água quentinha e, ao lado, uma sopinha de clam chowder da Cafteria.

Valeu, Val!


14.02.14
 
-Você e ela vão se encontrar, e se saber, também. Deve ser tão simultâneo quanto aproximar-se do espelho: opostos, idênticos, equidistantes (...)

- (...)distância pra não se quebrarem, né?



13.02.14

Vento-tempo

A vida são páginas que é o vento-tempo quem se encarrega de folhear,
a sua moda aleatória.
Sorteia o capítulo a seu livro-arbítrio.
E a gente nem se da conta de estar lendo a própria existência em páginas numeradas e desordenadas.
Tem tanto nome de personagem que torna impossível prever quem deles talvez continue até o final da história.
(Que final?)
 




 "Toda estória pode ter feliz seu final;
basta, primeiro, apaixonar-se, escolher e arrancar sua melhor página....

Em seguida, pode-se anexa-la à brochura final,
inicial,
usa-la como marca-páginas.

Caso surja página melhor, a antiga funciona bem como mata-borrão."

 
08.02.14

Dez minutos excedidos de Bubbaloo

Quem dera eu pudesse soubesse
Deixasse ser
O minuto
O segundo
A amizade
O amor
O sabor
Fosse eterno ...

Enquanto breve
E quanto ecoasse
Em forma e forma boas lembranças.

Não haveria eu de tentaria prolongar
Esticar
Ampliar
Falsificar eternidade.

Aquele já ditasse e todos ouvíssemos
"eterno enquanto durasse"
Não enquanto inventasse.

Viveria com menos atuasse.
Viveria com mais presença.

Viveria
E somente.
Só mente e sem mentisse.

Intrínseco agradecesse,
imprevisível retornasse.

Contentasse com o que fosse, como fosse, tempo fosse.

-Amor amigo tempo, me entrego. Tenha-me na tua natureza, e não a tua na efêmera minha. Há Deus.
 
 
02.02.14

Super Moon

Quando fechados, fica tudo preto;
se apertamos um pouquinho, criamos estrelinhas e névoas.
Assim, sob a metáfora mais linda, nossos olhos foram então planejados e construídos:
sempre que fechamos os olhos, mergulhamos no Espaço!
 
 
Encontre sua Lua
 
 
 
 
Pinte de laranja

24.01.13