estar sozinho e muito bem acompanhado
com o silêncio do ar puro
da água tilintante
dos cães das lágrimas
o pensamento sossega
distraído com a imensa beleza do céu pintado
deixa espaço para o sentimento
para a sensação e para a intuição
o corpo destenciona
lavado pela delicada força do rio
massageado pela areia ainda molhada da chuva forte
volta a ser corpo
a alma desperta
pede licença para entrar no rio, pede licença para adentrar a floresta
recebe benção dos encantados
derrete-se de um amor calmo
um amor brisa
um amor sol pós tempestade
um amor verde, bem verde, bem vivo
sou bicho
sou sozinha na cidade superpopulosa
sou multidão em ti, Amazônia
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