Tenho medo da morte e custo a aceitar
Custei a notar
Custei a esconder, afinal
Custei, custei
Custei de mim
Justificando não mais querer crer em céu e inferno
Como fosse isso que me amedrontasse
Mas não é isso não
Pelo menos não só
E nem maior parte
É camada abaixo de camada de custos subaquáticos
É o medo de perder pai e mar
(curioso que escrevi mar, acidentalmente)
É o medo de perder o chão, a terra, o mar, o sorriso tenro, o olhar atento, o amor exagerado, o amor por vezes não justificado
de perder com a morte dos pais todos estes pedaços depositados na história e que tão bem lhes veste
Medo de me arrepender
De feitos, não feitos, desfeitos
De defeitos que jamais uma vida bastaria a concertar
Mas o medo sobretudo
Ou debaixo de tudo, pensando em camadas
É o de sentir amor
senti-lo verdadeiramente
E o grande segredo deste é que todos hão de
Nenhum comentário:
Postar um comentário