quarta-feira, 2 de setembro de 2020

desarte

  

A arte de esperar


Do espero tenho medo

Medo este, cegado

Quando descortino os olhos me vejo, desde pequena, 

Apreciando a arte de esperar 

É nela que mora o sonhar 

E por que não o realizar 

Mesmo que apenas projetada a fantasia no palco dos olhos fechados 


O esperar não atrasa o desejo, o reaviva

O mantém, o rega e lhe confia sua maior potência do porvir


O tardar, adianta

O adiantar conclui e cessa 

Desarte essa de realizar 


                 escrita intuitiva 19.08.20

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