quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

carta a e (ou mordaz)

"entenda que eu te entendo
e entendo que muito do que soa baixinho e que parece silêncio é, na verdade, distância"




um dia eu te disse e em outro repeti Não sonhe comigo
mas talvez você o tenha feito
inconsciente e literalmente mesmo.
me delineou de um jeito que desejou delinear
e no dia seguinte eu te apontei que meu delineador é todo borrado nos olhos e em mim.
não supro expectativas.
as-sopro.
me poupo e faço aquilos, de charmes e graças, coisinhas que vou fazendo que não custam, não valem e
não enriquecem ninguém.
não sou quem pareço.
e muito menos pareço ser quem eu sou. tudo num gerúndio.

não vou dizer Te avisei porque parecerá que agi daquela maneira só por sarcasmo e pra te mostrar meu ponto.
só quero pedir
perdoe seu Sonho, ele não me sonhou por maldade.

4 comentários:

Josiana Rezzardi disse...

Adorei guria, que jeito você tem com as palavras hein?
Parabéns mesmo, estou seguindo!

Equilibrista disse...

maldade seria controlar os sonhos dos outros...
de novo, adorei a dança de palavras.

Anônimo disse...

mais nosso que meu, Brás.

Anônimo disse...

Muito bonito Mo! Realmente as palavras dançam e se entrelaçam..
adorei! um beijao
jenny